domingo, 6 de janeiro de 2008

O começo de tudo

Eram 7h30 daquela manhã de sexta-feira, quando Jorge – um jovem de apenas 22 anos, 1,76m de altura, cabelos pretos encaracolados, pele levemente bronzeada, olhos castanhos escuros – novamente começou a sentir-se mal. Ele já havia tomado alguns comprimidos durante a madrugada para aliviar a dor, mas aquela dor excruciante, que parecia rasgar o seu peito, voltava a incomodá-lo. Ele já havia ido muitas vezes ao médico por aquele mesmo motivo. Havia feito baterias de exames e nenhum deles pôde revelar a causa daquele incômodo.
Enquanto se retorcia, Jorge questionava em sua mente qual seria o motivo do mal que o assolava. Ele imaginava que seria aquela dor um câncer, uma tuberculose ou um problema de coração. Qualquer que fosse, ele precisava da cura, porém, naquele instante, era necessário voltar ao hospital. A intensa dor em seu peito aumentava, e, mesmo com grande dificuldade, apressadamente, ele conseguiu trocar de roupa. Com a ajuda da mãe, que o apoiava, pegou um táxi até a emergência mais próxima.

D. Áurea era uma senhora de 68kg, distribuídos por 1,61m de altura. Com 49 anos, cabelos pretos cortados acima dos ombros, que começaram a ficar grisalhos e sem brilho, era uma mulher que amava muito seus três filhos. No entanto, naquele momento, sua atenção estava toda voltada para o bem-estar de Jorge.
Ao chegarem ao hospital, ela se dirigiu até a recepção da emergência e fez a ficha com nome e endereço do filho, que ficara prostrado em uma cadeira em um grande salão repleto de pessoas, à espera do socorro. Enquanto aguardava a consulta, com o rapaz apoiado em seu ombro, D. Áurea olhou ao redor e se perguntou: "Por que tanta dor e sofrimento?". Eram muitas as pessoas que também esperavam o atendimento, e, como os médicos de plantão naquele dia eram poucos para o número de doentes, a espera seria longa e penosa. Mesmo muito apreensiva, não havia outra solução senão aguardar.
Já se haviam passado 1h40 que ela havia chegado com Jorge, e ainda não chegara sua vez. Aqueles momentos pareciam uma eternidade. Muitos dos que haviam chegado antes deles já haviam sido atendidos. Alguns ela vira sair a fim de retornar para os lares, outros continuavam lá dentro. Haviam passado por aquelas portas, que, ao balançarem com a entrada de alguém, mostravam a frieza e a dureza do material de que eram feitas. Naquele instante, ela notou a entrada de três pessoas, as quais, pela aparência e saúde que demonstravam, não estavam ali para serem consultadas.
Era um homem de 1,75m, aproximadamente 38 anos, cabelos castanhos escuros, olhos castanhos claros, pele clara, vestindo um terno bege, que lhe caía perfeitamente, e uma gravata com estampas quadriculadas de cor azul; uma mulher de 1,65m, aproximadamente 35 anos, cabelos pretos longos, que estavam soltos e caíam por cima dos ombros. Tinha olhos
castanhos escuros e pele clara, e trajava um vestido com estampas florais, com muitas cores mescladas. A outra era uma senhora de 1,56 cm, aparentando 56 anos, cabelos pretos crespos, presos em um coque no alto da cabeça, olhos pretos e pele escura. Vestia uma blusa marfim e uma saia florida verde. Aquelas três enigmáticas personalidades se aproximavam das pessoas que estavam naquela enorme sala de espera da emergência do hospital e, ao conversarem com elas, podia-se notar que algumas faziam um sinal de consentimento com a cabeça e eles estendiam sobre elas as suas mãos e falavam algumas palavras em voz muito baixa, quase inaudível. Ao saírem, entregavam-lhes um papel e falavam mais algumas palavras e saíam.
Observando as características daquelas três pessoas, D. Áurea não podia deixar de notar que elas tinham algo diferente: embora muito sérias e compenetradas naquilo que estavam fazendo, sorriam o tempo todo. Elas mostravam um grande contentamento, quando aquele de quem se aproximavam levantava a mão para o alto. Curiosamente, esse simples gesto fazia com que elas se regozijassem de alegria.
Enquanto D. Áurea observava aquelas personalidades tão enigmáticas, seu filho, Jorge, sussurrando, quase inaudivelmente, disse:
– Mãe, mãe, não agüento mais! A dor está cada vez mais forte, está insuportável!
Ela ficou mais aflita e, quase em desespero, respondeu-lhe:
– Calma, meu filho, espere só mais um pouquinho. Vou ver se consigo falar com algum médico para ele socorrer você depressa.
Ela recostou-o na cadeira e saiu em direção a uma atendente do hospital, que estava sentada em uma cadeira atrás do
balcão, fazendo o controle das fichas de atendimento. D. Áurea, muito nervosa e derramando as lágrimas de uma mãe preocupada pelo estado de seu filho, temendo o pior, dirigiu-se para aquela mulher em voz suplicante:
– Moça, por favor! Estou ali com o meu filho, aguardando o atendimento há mais de uma hora. Ele está muito doente, está sofrendo muito! Ajude-me a ver se o médico pode atendê-lo. Ele não está suportando tanta dor!
Aquela mulher que ouvira tal súplica não se comoveu nem um pouco; ficou como se fosse uma pedra, alheia aos sentimentos dos doentes que padeciam diante dela. Já estava acostumada a trabalhar naquele lugar, onde o que importava era organizar a ordem dos pacientes pela gravidade do estado clínico, e não pelas súplicas dos parentes. Muitas vezes, as pessoas ficavam tão nervosas e desesperadas, que faziam menção de agredi-la. A atendente, simplesmente, respondeu para D. Áurea de forma desdenhosa e sem sentimento:
– Sinto muito, minha senhora, só quando chegar a vez dele. Lá dentro, existem pessoas em estado muito mais grave do que o dele, e eu não posso fazer coisa alguma.
Diante dessa resposta, em seu interior, D. Áurea recusou-se a aceitar, mas, exteriormente, apenas agradeceu e compreendeu a situação daquela funcionária, mesmo sem entender por que seu filho tinha de sofrer tanto. Ela voltou para ficar ao lado dele. Quando se aproximou, notou que ele parecia piorar. Então, ela sentou-se na cadeira, ergueu-o, encostou-o em seu ombro e falou:
– Meu filho, espere só mais um pouquinho. Já está quase chegando a sua vez.
Quando terminou de falar, olhou ao redor e viu que quase todos os que estavam ali já haviam sido atendidos; com isso,

Vencendo Batalhas em Cristo

Introdução
Enquanto os céticos são descrentes e seguem o pensamento de que o espírito humano não pode atingir nenhuma certeza a respeito da verdade1, os agnósticos, por sua vez, crêem na possibilidade de haver alguma forma de vida em algum lugar fora da conhecida raça humana.
Em geral, céticos, agnósticos, estudiosos, leigos, dentre outros, desejam descobrir formas de vida em algum lugar do Universo. Os evolucionistas buscam respostas, sem terem em conta que não é por acaso que tudo veio a existir. Deixam de lado a idéia de que, sem dúvida, houve um grande Arquiteto na criação. Tenho certeza de que Ele não criou tão vasto Universo, para que não pudéssemos explorá-lo. No entanto, quando usamos a expressão anos-luz, para medir as distâncias intergalácticas, e a confrontamos com a nossa existência, percebemos o quão breve ela é. Observamos que a ciência humana, em relação à locomoção, ainda está engatinhando, pois mal conseguimos ultrapassar a velocidade do som.
Diante de toda a magnitude do Cosmos, o homem precisa perceber que ele é apenas uma partícula de poeira na imensidão do infinito. Imaginemos o seguinte: se chegássemos a nos
locomover na velocidade da luz, nosso corpo não suportaria e iria desfragmentar-se, virando pó, pelo atrito de tamanha velocidade. Caso conseguíssemos uma maneira de suportar tal impacto, morreríamos de velhice antes mesmo de sair do nosso pequeno quintal de recreação; nem chegaríamos às galáxias vizinhas a milhões de quilômetros anos-luz do nosso planeta.
Como supor, então, que estamos sozinhos no tão imenso Universo? Surgem outras perguntas: para que tudo isso, se não há quem consiga explorar? Será que existem criaturas habitando outros planetas? O que está acontecendo na imensidão do Universo agora? Se existem tais criaturas ou se está acontecendo algo em algum lugar do Cosmos, quem são esses seres? Onde eles habitam? São eles os extraterrestres de que ouvimos falar, os quais conseguem viajar em tamanha velocidade, com corpos capazes de suportar o atrito em velocidades inimagináveis, não sofrem, como nós, a ação do tempo e vivem tempo suficiente para vasculhar o Universo?
Realmente, seria tolice imaginar que estamos sós e ainda pensar que, com nossas limitações, nossa fragilidade e falta de conhecimento, podemos entender esses seres, que são invisíveis aos nossos olhos, mas estão presentes em nosso meio, convivendo conosco no dia-a-dia. Se pudéssemos vê-los, compreenderíamos que eles são muito mais sábios, fortes e evoluídos do que nós; seríamos surpreendidos em descobrir que alguns querem destruir-nos e nos atacam constantemente, e vislumbraríamos as batalhas que se travam com aqueles que são nossos defensores, enviados pelo Maravilhoso, Amoroso e Insondável Deus. Se pudéssemos ver o inefável, como viu o servo do profeta Eliseu, teríamos muitas respostas para nossas perguntas. Somente, assim, a humanidade deixaria de acreditar em vãs filosofias, as quais afirmam que os homens são deuses, importantes, fortes e sábios, e compreenderia que ela precisa muito da ajuda do grandioso Artífice e Arquiteto do Universo, o qual, em Sua infinita sabedoria, criou todas as coisas pelo Seu eterno poder. Humildes e gratos retornaríamos para Ele, pois, mesmo sem merecermos, Ele ainda se importa com Suas criaturas.
O Seu maior desejo é receber-nos com alegria para entregar tudo o que Ele tem preparado para aqueles que O amam. Sim, Ele tem planejado coisas que nossos olhos nunca viram, sons que nossos ouvidos nunca ouviram, e tudo o que o homem não consegue imaginar (1 Co 2.9), em um lugar que Ele separou para todos os que quiserem (Jo 14.1,2). No entanto, é somente pela fé em Jesus Cristo que poderemos ter acesso a tudo o que Ele proveu para nós. Devemos amá-lO não pelo que recebemos dEle, mas, sim, por causa daquilo que Ele é; para isso, é preciso buscar uma comunhão sincera com o Pai. Tomé ouviu o Senhor dizer: Bem-aventurados os que não viram e creram! (Jo 20.29b).
Para explorar o tão extenso Universo, Ele irá munir-nos de ferramentas necessárias, corpo glorioso e vida imortal (1 Co 15.51,52). Basta vivermos em comunhão sublime em nosso viver, agradando-Lhe, para que Ele Se agrade de nós.